
Mudar de emprego é um passo importante na carreira, mas essa transição pode trazer desafios que vão além da adaptação a um novo ambiente de trabalho. Um dos pontos mais delicados nesse processo é garantir que seus direitos relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço sejam preservados.
Neste artigo, você vai entender como evitar problemas com o Fundo de Garantia ao trocar de emprego e quais cuidados tomar para não perder dinheiro nem enfrentar dificuldades futuras.
1. Verifique seu extrato antes da rescisão
Antes de sair do emprego atual, é essencial consultar o extrato do Fundo de Garantia para confirmar se todos os depósitos foram realizados corretamente.
Você pode fazer isso pelo aplicativo do Fundo de Garantia ou acessando o site oficial da Caixa Econômica Federal.
Caso identifique meses sem depósito ou valores inconsistentes, o ideal é comunicar imediatamente o setor de RH e exigir a regularização antes da rescisão contratual.
Dica: mantenha cópias dos extratos mensais. Eles servem como prova em caso de disputa judicial.
2. Entenda o que acontece com o saldo ao sair da empresa
Ao encerrar um vínculo empregatício, o saldo do Fundo de Garantia permanece vinculado à conta antiga, mas continua sendo de sua titularidade.
No entanto, o acesso ao saque depende do tipo de desligamento:
- Demissão sem justa causa: permite sacar todo o saldo.
- Pedido de demissão: o saldo permanece bloqueado.
- Saque-aniversário ativo: o trabalhador só poderá sacar parte dos valores conforme o calendário da Caixa.
Saber qual regra se aplica ao seu caso evita problemas com o Fundo de Garantia, como bloqueios indevidos ou perda de prazos.
3. Guarde todos os comprovantes de rescisão
Durante o processo de desligamento, solicite ao RH os comprovantes de pagamento e o termo de rescisão, além de verificar se as guias de depósito do Fundo de Garantia foram emitidas corretamente.
Esses documentos são fundamentais para comprovar que a empresa realizou todos os depósitos de forma adequada.
Guarde também os recibos de saque, caso tenha retirado os valores — eles podem ser exigidos em auditorias ou futuras consultas.
4. Atualize seus dados na Caixa
Um erro comum é não atualizar os dados cadastrais após a mudança de emprego. Isso pode gerar problemas com o Fundo de Garantia, como notificações enviadas para o endereço antigo ou bloqueio de acesso ao aplicativo.
Certifique-se de revisar:
- Endereço residencial;
- E-mail e telefone;
- Número do PIS/PASEP vinculado à nova empresa.
Essas informações garantem que o novo empregador consiga fazer os depósitos corretamente e que você receba alertas de movimentação na sua conta.
5. Acompanhe os depósitos da nova empresa
Nos primeiros meses do novo emprego, monitore os depósitos mensais do Fundo de Garantia para verificar se a empresa está cumprindo as obrigações legais.
Você pode usar o aplicativo do Fundo de Garantia ou ferramentas complementares, como o FGND (Fundo de Garantia Não Depositado), que identificam eventuais falhas de forma automatizada.
A verificação constante é uma maneira simples e eficaz de evitar problemas com o Fundo de Garantia que só seriam percebidos anos depois.
O que levar para o próximo emprego
Garantir que todos os depósitos do Fundo de Garantia estejam corretos antes e depois da troca de emprego é mais do que uma questão burocrática — é uma forma de proteger seu futuro financeiro.
Levar esse cuidado para cada transição profissional significa começar em um novo trabalho com segurança jurídica e tranquilidade.
Com informação e acompanhamento regular, você evita problemas com o Fundo de Garantia e assegura que todo o valor devido seja devidamente depositado ao longo da sua trajetória profissional.